No vídeo seguinte, um suposto político denúncia casos de corrupção envolvendo todos os partidos. Mas, ao polícia que o ouve, só lhe importa um dos lados, encontrando em jogos fonéticos as razões para as prisões que queria realizar.
É um vídeo que tem causado enorme celeuma no Brasil, sendo um reflexo da total polarização da sociedade brasileira quanto ao caso do empeachment. Basta googlar “Porta dos fundos delação”. A situação chegou ao ponto de os ressentidos terem organizado uma campanha de desassinatura do canal de vídeo do Porta dos Fundos. Parece que correu mal.
Mesmo assim, a turma do Porta acusou o toque.
Quanto à questão em causa propriamente dita, acho fantástico que um grupo de políticos envolvidos em casos de corrupção seja juiz no processo de destituição da presidente do Brasil. É como meter a raposa a guardar o galinheiro. Ou como colocar manteiga em nariz de cão. Ou perguntar a um político corrupto se quer que um da sua cor passe a estar no governo.
Sem pretender defender que um dos lados é mais santo que o outro, nesta situação de corrupção generalizada choca-me, no entanto, que por cá haja quem o faça, só porque lhe parece que um lado é de esquerda e o outro é de direita.
Sobra o quê? Uns tontos a pedirem de volta a ditadura militar, possivelmente testas de ferro de uma campanha organizada para derrubar um governo, num claro golpe de estado. Vá lá que os senhores que se seguirão serão de uma brancura tão pura como a do sal onde abundam os jazigos de petróleo.